Sábado, 19 de Maio de 2007

O poeta tarado

Para toda a bola redonda um poema de um dos poetas bissexuais mais famosos da região Norte de um sítio qualquer.

 

Sou macio,
Tenho cio.
Sou cioso.
Fiz amor
Com um senhor
Que era bem gostoso.
Não é coisa de mim.
Já vem do passado,
O meu avô era tarado
E o meu tio
Andava sempre
Com o cu queimado.
 
Na semana passada
Tinha músculos nos pentelhos.
Não tinha vergonha na cara,
Tinha a pila p’los joelhos.
Mas enfim,
Gosto de tudo.
Adorava fazer o amor
Com um trolha cabeludo.
Há coisas que já fiz,
Marcha o que calhar:
Agricultores, paralíticos
E até o militar.
 
O meu tio é ateu,
A minha tia
Tem um menino meu.
 
Encontrei uma gaja na rua,
Toda nua.
Disse-lhe “Ó miúda,
Tenho a língua bem bicuda.”
Sou um homem baralhado,
Comi muitos gajos,
Só tive um namorado.
Comi gajas às pazadas.
Tive muitas namoradas.
 
Eu não sou paneleiro,
Sou guloso do cagueiro.
Vá, tenho um rabo lambareiro.
 
Vivência depravada
Que me causou muitos danos.
Com esta relíquia de vida
Apanhei a sida
Por experimentar no ânus.
 
Réne Aragon, o poeta tarado.
publicado por pacotesdeleite às 15:10
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Quarta-feira, 28 de Março de 2007

Viagem de Finalistas: Lloret del Mar

Hoje foi um dia para fazer coisas normalíssimas.
Tomei o pequeno-almoço com o meu pai. Falamos das novidades do curso de costura, enquanto lançávamos piropos grosseiros ao rabo desnudo da amante do meu papá. Ainda lhe pedimos para que colocasse as maminhas ao léu, mas não se quis dar ao trabalho de realizar o nosso pedido pois estava a injectar-se. Também queria mandar p’rá veia, então implorei-lhe para que me cedesse um pouco. Ao que ela me diz:
- Vê lá se pedes com jeitinho, faxabor!
E eu:
- Ó badalhoca, arranja-me um bocado dessa merda. Ou pensas que tens regalias só por seres puta. Ainda por cima és esquisita a dar o cu.
Ela foi acusar-me ao meu pai e o meu pai bateu-lhe. Não que não lhe tenha dado razão, mas está tão habituado a bater-lhe, que nem se apercebeu.
Na sequência deste segmento de coisas normais, aproveitei para falar ao meu pai da viagem de finalistas:
- Ó pai é a Espanha, para ser mais preciso é a Lloret del Mar e são só, repeti, só, volto a repetir, só, 250€.
Ao que ele me diz:
- Pois, exacto. Eu vou aqui ao bolso e tiro uma nota de 500€ e ainda te sobra dinheiro para te embebedares com os teus amigos. Mas vê lá, se precisares de dinheiro para droga, avisa, que eu mando a tua tia prostituir-se e ainda arranjas ai uns valentes 100 euritos.
E eu respondo:
- Não vale a pena, pai. Tenho droga do fim-de-semana e acho que ainda tenho dinheiro daqueles assaltos que eu fiz para o tio Floreano. Por isso não acho necessário que a tia se prostitua. A não ser que ela queira, claro.
- Por acaso queria, –disse o meu pai- mas desde que descobriu que o filho dela, o teu primo Alexandre, é homossexual e fugiu com o professor de Ginástica para o Brasil, ficou tão desiludida que nunca mais teve relações. Nem com cavalos que ela gostava tanto.
Voltamos rapidamente ao tema da viagem de finalistas. Chegamos a um acordo:
- Filho, só te deixo ir à viagem se fizeres amor com sete ao mesmo tempo...
- Sete quê, pai? Gajos?
- T’ás parvo ou quê? Gajas e das boas. Para desgostos já me basta o teu irmão. Da próxima vez que o apanhar com as unhas pintadas, pego-lhe fogo.
Percebi, sem muito dificuldade, que este acordo não era a melhor coisinha, não que não aguentasse com sete ao mesmo tempo (óbvio que aguentava). Tentei então o soborno.
- Papá... Papá... se me deixares ir a Lloret, brinco ao bondage e ao sadomasoquismo contigo.
O meu pai babou-se, eu vi, mas fiz que não percebi. Investi novamente:
- Papá... Papá... olha, vou buscar os ferros para apertar os mamilos, enquanto tu passas um cheque de quinhentos euros...
 
E a vossa pergunta é:
 
E então, a chantagem resultou?
Só vos digo isto, daqui a nada apanho o autocarro para Lloret com um cheque de quinhentos euros no bolso. Ah, quase que me esquecia. O meu pai é óptimo a brincar com os ferros de apertar os mamilos.
sinto-me:
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Sábado, 3 de Março de 2007

Come a papa, Coisinha, come a papa...

 

Decidi cansar um pouco do meu tempo para falar da “grande questão dos nossos dias”.
 
Esta problemática que destroça muitas vidas humanas e que leva, sobretudo, mulheres ao desespero. Pois é, o problema de que vos falo e o já debatido no Parlamento Europeu. Pronuncio-me acerca do controverso problema “as crianças comem cada vez menos vegetais, principalmente as crianças cujas mães trabalham na lide agrícola”.
 
Então para estas crianças e mães desesperada cá vai o meu contributo sob a forma lírica...
 
 
Ai! Eu gosto tanto
Da mamã a cozinhar
Dá-me grelos, dá-me grelos
Que eu quero papar.
Traz também a alface,
Só para acompanhar.
Ai! Eu tenho tanta fome
E também muita preguiça
Para crescer como um “home”
Como também a nabiça.
Se eu juntar uma couve
Tenho um manjar
Como nunca houve.
A mamã está na lavoura
Já não me pode aturar
Traz-me uma cenoura
P’ra juntar ao meu manjar.
A mamã está cansada
Mas trata-me com muito amor
E já pela alvorada
Oferece-me couve-flor...
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Quarta-feira, 21 de Fevereiro de 2007

Adivinhação

 

Sentei o meu rabo numa espécie de bifurcação de plástico mole, posicionada estrategicamente num sítio alto, para que eu pudesse experimentar com um primor inigualável, a minha novata visão do tipo “vejo para além do que vejo”. E isto funcionava, porque quando olhei para uma bola de sabão já vazia com o tempo e rompida com os pontapés dos cachopos que jogam descalços, vi para além do que via e vi, portanto, o outro lado dessa bola. E é neste exacto momento que as pessoas pensam “Ah! Ó rapaz, tu és uma aldrabice, porque a bola de sabão é transparente e redonda e, desta forma, é excessivamente fácil de fazer esse tipo de “adivinhação”.” Não sou nenhum impostor, o exemplo é que foi mau.
 
Continuei a olhar, muito placidamente, para tu o que me abrangia. Vi um rafeiro no marmelanço com uma cadela que era três vezes maior que ele, vi um cutelo espetado bem no abdómen de um senhor ali de cima que vocês não conhecem e, assim de repente, admirei também dois belos pães com chouriço do bom, que me matavam a larica. Mas tudo isto eram também maus exemplos. Não podia ver para além do que via, ou dito de maneira a desmontar a frase anterior, não podia adivinhar o outro lado das coisas, porque já as conhecia. Os pães com chouriço estavam a ser mastigados por baixo dos meus olhos, portanto eu já vira o outro lado deles no acto de levar a paparoca à boca; o cutelo está num nível superior de adivinhação, era demais para mim; e a cadela que estava a ser montada por um rafeiro era uma amiga minha muito feia lá da escola.
 
Fiz um esforço suplementar. Olhei, através de um serrado olhar capaz até de morder o vento para conseguir o seu propósito. Apurei os sentidos. Estava a ser muito pressionado pelo mundo, que no fundo era só o meu subconsciente a fazer de mundo. Enganando o mundo, estava a enganar o meu subconsciente e enganando este estava a enganar a mim próprio. Então, admiti a mim mesmo, ao meu subconsciente e, consequentemente, ao mundo que eu era um trafulha de primeira e um aldrabão nato. Pousei, como quem atira, a tal novata visão do tipo “vejo para além do que vejo” para o chão. Descolei o rabo da bifurcação mole, dei três passos para trás, dois para a direita, dois para a esquerda e mais dois para trás. Apertei a sapatilha e funguei o nariz. Como já tinha tirado o “vejo para além...” coloquei o meu olhar, tipo, ódio. Corri usando toda a minha força de pernas e aproveitando a mesma, mas só da direita, chutei o olhar que não tinha funcionado para muito longe. Dizem que foi ter muito longe mesmo. E foi depois de todo este cansaço que jurei nunca mais comprar olhares nos chineses para enganar as pessoas com conversas de adivinhação.
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Segunda-feira, 5 de Fevereiro de 2007

Amo-te camionista

Estou apaixonado.

Apaixonei-me por uma camionista que torna cheio de gáudio este meu coração que recebe todo o amor que aquela matulona tem para dar.

Adoro quando estamos sentados no sofá e ela sorri, num sorriso que em todo o seu momento transmite afectividade e desejo de me ter, e diz “Põe esse courato que caiu ao chão dentro de uma pada, que eu estou capaz de comer um boi. Não te preocupes, que se eu ainda ficar com fome como o resto do almoço.” Eu não tenho dúvidas, isto é amor.
Quando não privilegio da presença dela, permaneço pacífico em devaneios e vêm-me à memória ideias roliças e um pouca vagabundas para práticas curiosas. Porém, quando os cento e dez quilos dela estão apoiados no chão a dez centímetros de mim, rejuvenesço em júbilo. E é engraçado que ele presente o que sinto e pede logo “Paixão, posso sentar no teu colinho?” ao que eu respondo “Sinceramente, não me apetece ficar com as pernas da espessura de fatias de fiambre.”
Ela é linda e mais linda fica quando penteia o bigode ou quando rapa os pêlos das costas. A maioria das pessoas pensa que eu estou a dizer isto em tom de brincadeira, mas não. Eu gosto mesmo quando ela rapa os pêlos das costas. Ela quase não tem defeitos. Aliás, os únicos defeitos dela são não lavar os dentes e dizer muitas asneiras.
Aprecio passar com ela instantes românticos ao som dos “Porcos Selvagens”(ela gosta da banda e eu faço um esforço para ouvir). Mas por acaso, devo dizer que ela cozinha muito bem, contudo quando dá futebol, recusa-se a cozinhar. Diz-me ela nessas alturas “Ó estúpido, já para a cozinha fazer o jantar, enquanto eu vejo o Benfica. Traz uma cerveja e faz o meu prato favorito.” E lá vou eu até à cozinha fazer-lhe papas de sarrabulho. Eu faço sempre a mais, já sei que ela vai repetir três ou quatro vezes. Gosto quando, em tom de agradecimento, arrota o meu nome. Ela é uma querida.
E quando fazemos amor? Ela deita-se na cama, completamente despida. Devo confessar que demoro um pouco mais do que ela, porque ainda tenho que reunir o material de escalada. Às vezes fico um pouco preso na segunda banha da barriga a contar de cima para baixo, mas lá me desenrasco.
 
Porém, não quero que pensem que ela é uma mulher de sonho.
Ela ressonava muito alto e eu acabei com o namoro.
Troquei-a pelo camião dela. São os dois do mesmo tamanho, mas o camião não gasta dezenas de euros em doçarias.

publicado por pacotesdeleite às 22:58
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Sábado, 13 de Janeiro de 2007

Desculpem o Bush, já!

Peço um pouco de compreensão. Hum... um pouco talvez não chegue. Peço, então, muita compreensão para aquele senhor, para aquele grande senhor, que vive do outro lado do Atlântico instalado na luxuosa Casa Branca.
 
E porquê compreensão?
Basicamente, porque me apetece e um bocadinho também porque ele é um incompreendido e um odiado.
 
A maioria das pessoas só o odeia, porque ele tem um rosto com demasiadas feições caninas. Assemelha-se, portanto, a um daqueles rafeiros menos elegantes.
A minoria odeia-o e não o compreende, porque ele invadiu o Iraque e o Afeganistão, não respeita o protocolo de Quioto e matou, num passado recente, Saddam Hussein.
Não me vou pronunciar sobre a questão afegã e sobre os dois últimos temas, primeiro porque não quero, segundo porque não sei e terceiro porque não quero mesmo. No entanto, tenho uma óptima explicação (uma valorosa explicação) acerca da ida das tropas de Bush ao Iraque.
 

Algumas vezes, algumas, mas não muitas, também não tão poucas quanto isso, talvez... algumas, sim, algumas vezes ouvem-se pessoas na televisão e na rádio dizerem “Ah!!! Morte ao Bush. Morte ao Bush. Aquele Bush é um vagabundo. Anda a desgraçar a vidinha das pessoas lá no Iraque.” As coisas não se passam desta forma.
O senhor Bush, coitadinho do senhor Bush, ouviu o senhor da telefonia dizer que no Iraque, mais especificamente em Bagdad, se faziam uns bolinhos deliciosos à base de farinha e cominhos e com um suave trago a canela verde. O Bush é um guloso e foi até lá, mas como sabia que naquele sítio as “pessoas” matam pessoas com bombas, decidiu levar consigo oito ou nove (milhares de) tropas.
Provou o bolo que se chama “bolinho delicioso à base de farinha e cominhos com um suave trago a canela verde”, que em árabe a pronúncia deste nome se assimila a três arrotos valentes.
O senhor Bush, coitadinho do senhor Bush, gostou tanto dos bolos que encomendou duzentos e sessenta e um, mas na confeitaria todos trabalhavam devagar. Então George W. Bush regressou aos Estados Unidos da América, porém deixou os militares no oriente para que estes pudessem transportar os bolos, quando estes acabassem de ser confeccionados. Até hoje, ainda não acabaram. Os militares são muito galhofeiros e gostam imenso de brincar com a gente de lá ao jogo “mata o iraquiano que vai a passear com a família” ou então aquele outro muito engraçado “vamos entrar em casa das pessoas e dar uns tiros em malta inocente”.
 
Com uma boa explicação, tudo se clarifica.
Com uma boa mentira, se mandam mais tropas morrer noutro continente.
 
 
Redigi, sozinho, uma frase que ao nível da verdade é do piorio, mas é um preciosismo da estupidez e do embuste:
 
O mundo sem Bush é como uma taça de escremento de esquilo, sem escremento de esquilo.
 
Num próximo post, possivelmente, desculparei Valentim Loureiro pelas irregularidades perante a lei e Júlia Pinheiro por cheirar ao peixe e não lavar as mãos antes das refeições.
....
...
..
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publicado por pacotesdeleite às 12:18
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Terça-feira, 2 de Janeiro de 2007

Carta

Época Natalícia. Passagem de ano. Muito amor, muito amor.
E se do amor, tal como das rabanadas e dos bilharacos, já estivermos fartos?
E se nos apetecer dar uma folguita ao nosso mais-que-tudo?
Tudo parece tão difícil de resolver. Mas do parecer ao ser o caminho é ainda longo.
Redigi uma pequena carta modelo que serve para avisar o amor da nossa vida que ele já não é o amor da nossa vida.
“Ó meu grande amor, já não o és.
Penso que no final desta carta as esperanças e os sonhos que comigo tiveste, se podem apagar da tua memória.
Passamos por momentos que considero que tiveram algum interesse, desbravaste, por instantes, sorrisos bonitos em mim, contudo já não me interessas, perdeste o poderio de me cativar.
Espero, sinceramente, que não sofras com o romper desta relação, mas se sofreres, avisa, que arranjo alguém para te consular.
Um conselho, distrai-te. Faz como eu, bebe uma mini e come uns tremoços.
 
Sem mais assunto de momento,
O teu ex-namorado”
.
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sinto-me: fora do prazo de validade
publicado por pacotesdeleite às 22:40
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Domingo, 24 de Dezembro de 2006

Feliz Natal

Não quiz fugir à regra e decidi então dar cá um saltinho e desejar um feliz Natal a todo o mundo

Não peço paz nem amor, porque parece que o Bush manda mais que o Pai Natal e assim a paz fica difícil. Se bem, que o amor ainda nos vai chegando sob a forma de canções do Tony Carreira.

Aproveito para mostrar a minha prenda de Natal, trazia um lacinho vermelho e pequenino ao fundo das costas mas fiz questão de o tirar.

 

Bom, vou parar de disparatar.

A todos um Bom Natal regadito, se possível com um bom vinho do porto.

sinto-me:
música: quero lá saber da música. eu quero é experimentar o presente
publicado por pacotesdeleite às 18:11
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Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2006

Vontade de ser passevite

Acordei, hoje, com uma enorme vontade de fazer uma imitação exacta da bicha-cadela fêmea a acasalar. Porém, parei um pouco para pensar e antes de me lançar ao solo e começar a rabear que nem uma pessoa que rabeia ao imitar insectos, lembrei-me da figurinha ridícula que faria. Coloquei rapidamente esta hipótese de parte e decidi imitar um passevite a triturar nacos desmedidos de nabiça e couve tronchuda.
Não foi fácil, mas com 5/6 ensaios estava apto para o grande desafio.
Sentei os pais no sofá, arrastei a minha irmã pelos cabelos até à sala e assobiei muito alto para que a vizinha de cima aproveitasse a confusão e saísse do armário do meu quarto.
Meus amigos, foram nove segundos extraordinários em que eu sentado no chão enrolado de modo a parecer um recipiente e com o meu braço esquerdo a girar encantei quem assistia.
Perguntei a opinião ao meu pai e ele levantou-se, pegou na caçadeira, alvejou duas lâmpadas, insultou o Pinto da Costa e foi dormir para a varanda. A minha mãe chorou muito, mas depois lá conseguiram tirar-lhe a armadilha para ursos do pé e ela foi regar o jardim. Poderia ter perguntado a opinião à minha irmã, contudo decidi apenas amarrar-lhe o cabelo ao carro do vizinho.
E quando estava cabisbaixo, soturno e completamente abatido, a vizinha de cima apareceu com um baby dool rosa transparente, elogiou muito o meu trabalho, enquanto esfregava óleo Johnson no corpo. O que aconteceu depois... bem, depois... Depois foi só loucura e pouco mais.
sinto-me: um líquido ralado
publicado por pacotesdeleite às 13:57
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Segunda-feira, 4 de Dezembro de 2006

A minha vida mudou...

Antes acordava atordoado, sonolento, desesperado e com um ar deveras irritado sem saber o que vestir. Visto a camisola branca da Nike ou aquela outra com umas letras góticas comprada nos ciganos? Mas o desaire maior aparecia quando tinha que decidir o que calçar. Perdia normalmente 20/25 minutos com esta dificílima escolha. Contudo era no momento de sentar à mesa e tomar o pequeno-almoço que me deparava com uma eleição que me chegava sempre sob a forma de enxaqueca. O que é que eu faço? Já estava devidamente atormentado antes do despertador tocar a santa missa da igreja evangélica, que só por si me dá náuseas, e ainda por cima tinha que optar entre o pão torrado com manteiga ou os cereais com pedaços de amendoim e chocolate. Era um início de manhã terrivelmente horrível.
 

Agora, com o aparecimento da Floribella tudo mudou.
E eu, como me sinto? Oh, nem vão acreditar. Todo eu irradio felicidade e boa disposição.
Acordo de manhãzinha com o chilrear dos passarinhos que marcam a aurora do diazinho bonito. Levanto-me, sempre a cantar uma daquelas melodias alegres da Disney. Visto uma camisolinha bonita com umas letrinhas grandes e amarelinhas, como a gema do ovo bonito, que dizem “Floribellazinha”, depois em 20/25 segundos calços os meus ténis ultra-mega-ri-fixe todos bonitos. O pequeno-almoço? Nada menos maçador. Os cereais super-bons da Floribela.
E durante o dia vou comprando um CD da Floribella, um cachecol da Floribella, um rolo de fita-cola da Floribella, um rádio da Floribella, e outras coisas bonitas da Floribella. Ah, comprei também um regador da Floribella que não me serve para nada, mas é da Floribella. Imaginem só, dei por mim a negociar a própria Floribella, mas o senhor Penim lá me disse “Não senhor, ela é minha, porque ainda tem de gravar mais seiscentos episódios para termos sucesso”.
Estou tão feliz que só me apetece gritar e mostrar ao mundo os meus boxers novos e ultra-mega-super-hiper-ri fixe da... Odete Santos.
sinto-me: uma "floribellazinha"
publicado por pacotesdeleite às 22:01
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