Quinta-feira, 28 de Setembro de 2006

Um sonho bom

Às vezes, mas somente às vezes, dou por mim sonhando, a traçar o mundo onde, basicamente, as pessoas não têm defeitos. Um devaneio esquisito, sim, eu sei. Acriançado, também tenho consciência disso. Porém uma ideologia que eu fui desenvolvendo.
Sonho com um mundo onde a Teresa Guilherme não toca com a boca nas orelhas, um mundo onde Marques Mendes chega à bancada do Parlamento, sem antes subir quatro degraus. Estão a perceber a dimensão do meu sonho? Pois, mas não me fico por estas limitações. Sou muito mais ambicioso. Imagino como seria agradável ver os funcionários públicos (excluindo os professores) a trabalhar de forma intrépida. Agradável seria também ver o “Um contra todos” e não ouvir o senhor José Carlos Malato a falar de entrecosto, alheiras e outras não sei quantas iguarias. Seria deveras encantador descobrir que o jet-7, afinal, serve para alguma coisa e não se limita unicamente a apresentar ao mundo senhoras velhas com o pescoço enrugado.
 
Mas (e isto acontece-me sempre) a meio deste maravilhoso sonho, em que até José Castelo Branco é bem mais que capaz de dizer palavrões ao mesmo tempo que trabalha, as qualidades utópicas que eu imaginei para as pessoas desaparecem e volta tudo à veracidade dos nossos dias. É uma espécie de realismo dentro do sonho.
 
E como o sonho passou a ser transparência daquilo que vivemos, o Boa Morte continua a ser convocado para a selecção e a falhar golos de baliza aberta, enquanto que a SIC passa nove horas de Floribella por dia. Manuela Moura Guedes que, à semelhança de Teresa Guilherme, ficara com a boca mais pequena, é agora capaz de engolir pneus de tractor. Luís Filipe Vieira sonega o afamado dossier com os nomes de não sei quem, que fizeram não sei o quê. Cláudio Ramos insiste em continuar a não ser homem e João Klebér pensa que o seu programa está a ser visto por mais de dez pessoas. Pior que isto é que o Toy continua convencido que sabe cantar.
 
Demasiadas coincidências para continuar ali deitado, a dormir.
Mal por mal, mais vale sonhar acordado a pensar que este post vai ser lido pelos bloguistas mais badalados da nação.
sinto-me: realizado até metade
publicado por pacotesdeleite às 21:25
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Terça-feira, 19 de Setembro de 2006

Ernestos e Katrinas...

Venho hoje mostrar a minha compaixão e até um pouco de benevolência para com aquelas pessoas que têm um nome igual ao dos furacões (na verdade são os furacões que têm nomes iguais aos destas pessoas, mas também ninguém quer saber deste pequeno pormenor).
 
A verdade é que depende das pessoas. Se forem cidadãos dignos da cidadania, com certeza que não vão fazer trocadilhos implicantes e desnecessários com o nome da pessoa que coincide com o nome do furacão. Agora, se a pessoa em causa traja com a camisola de manga caviada justinha ao corpo, tem uma viatura tuning com labaredas dos dois lados e diz constantemente a palavra “auga” em vez de “água”, é mais que óbvio que esta criatura vá “lançar a boca” ao amigo que se chama “Ernesto”, ou então, se tiver uma amiga de leste que, por acaso, se chame “Katrina” este tipo de gente não vai vacilar.
Lá no trabalho (normalmente é o renegado da fábrica de moldes onde labora) quando alguém ouvir “Ò Ernesto, está aqui uma ventania tamanha!” ou, no caso da Katrina “Fogo, foste que arrastes a Nova Orleães, Katrina?” é o senhor “piada dos furacões” que está de serviço.
 
Este tipo de gente, por norma, não ultrapassa os trinta anos de idade, porque uma das suas muitas e nada diversificadas piadas é dirigida ao Ernesto, o toleirão da secção de acabamentos, que, ao deparar-se com o trocadilho entre o seu pénis e uma baixa pressão, lhe manda com uma navalha no meio dos olhos.
 
Portanto, para bem da humanidade eles não duram muito, felizmente.
 
Alegrem-se Ernestos, Katrinas, Camilles e Elenas do mundo, não desesperem que eles não vivem muito tempo para vos atiçar a chatice e o desespero.
publicado por pacotesdeleite às 22:21
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Quarta-feira, 6 de Setembro de 2006

Caso Mateus

Ai, “caso Mateus”, “caso Mateus”...
É que toda a gente fala sobre, mas quase ninguém sabe o que realmente se passa.
 
Tive uma sorte do camandro em encontrar o Mateus ao fim de um treino, a comer um corneto de chocolate e, como não quer a coisa, decido meter dois dedinhos d conversa “Ah! Ouvi dizer que por tua causa circula pelo país e até pelo estrangeiro um escandalozito (usei o diminutivo quando vi que ele já estava com a lágrima ao canto do olho)? Como eu estava à espera, a reacção dele não foi a melhor “Um escândalo?!!! Um escândalo é favor. Desde que me viram a tomar banho de boxers, desconfiaram logo. Já estou farto de lhes dizer que não tenho culpa, foi o que Deus me deu. E quanto ao Abel, e antes que levantem outro escândalo, ele é só um amigo.”
Confesso que depois destas palavras fiquei nitidamente confuso. Tive a necessidade de sacudir a cabeça três vezes. Minto. Sacudi, apenas, duas vezes, mas com muita força e intensidade e, portanto, valeram por três sacudidelas.
Compreendi depressa (até porque sou um rapagola inteligentíssimo) que o Mateus não tinha a percepção daquilo que se passava, disse-me apenas “Eu não percebo porque é que as pessoas falam tanto em mim. Deve ser por eu ser um tipo bonitão. Não sei se repararam naquela boina que eu usei na entrada para o autocarro. Ficava-me mesmo, mesmo ‘fashion’.” Juro que tive vontade de lhe dar dois tiros na perna, enquanto lhe chamava meia dúzia de nomes feios, mas rapidamente pensei em coisas alegres (os Ozone morreram) e tirei essa ideia amalucada da cabeça.
 
Dan Brown vai lançar um livro chamado “O código Mateus” e a figura de maior destaque, tomando o papel de “Mona Lisa” do seu anterior livro, é o presidente Fiúza e o seu respectivo penteado atabalhoado, abordando também a maneira destravada como fala.
 
Cláudio Ramos disse de sua justiça, na “Tertúlia cor-de-rosa” que uma “fulana não-sei--das-quantas” (confesso que não estive atento ao nome da senhora, mas era seguramente do jet7) usou a mesma toillette nos do mesmo fim-de-semana.
Só digo isto: e andam os jornais a fazer “manchetes” do Mateus. Estejam atentos senhores jornalistas...
 
Penso que estou mais ou menos de parabéns pelo facto de falar do “caso Mateus” sem saber nada ou, quase nada, sobre o assunto. Na verdade sou dos que fala sobre, mas pouco sabem sobre o que realmente se passa.
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sinto-me: um bocado coiso
publicado por pacotesdeleite às 20:33
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