Ai, “caso Mateus”, “caso Mateus”...
É que toda a gente fala sobre, mas quase ninguém sabe o que realmente se passa.
Tive uma sorte do camandro em encontrar o Mateus ao fim de um treino, a comer um corneto de chocolate e, como não quer a coisa, decido meter dois dedinhos d conversa “Ah! Ouvi dizer que por tua causa circula pelo país e até pelo estrangeiro um escandalozito (usei o diminutivo quando vi que ele já estava com a lágrima ao canto do olho)? Como eu estava à espera, a reacção dele não foi a melhor “Um escândalo?!!! Um escândalo é favor. Desde que me viram a tomar banho de boxers, desconfiaram logo. Já estou farto de lhes dizer que não tenho culpa, foi o que Deus me deu. E quanto ao Abel, e antes que levantem outro escândalo, ele é só um amigo.”
Confesso que depois destas palavras fiquei nitidamente confuso. Tive a necessidade de sacudir a cabeça três vezes. Minto. Sacudi, apenas, duas vezes, mas com muita força e intensidade e, portanto, valeram por três sacudidelas.
Compreendi depressa (até porque sou um rapagola inteligentíssimo) que o Mateus não tinha a percepção daquilo que se passava, disse-me apenas “Eu não percebo porque é que as pessoas falam tanto em mim. Deve ser por eu ser um tipo bonitão. Não sei se repararam naquela boina que eu usei na entrada para o autocarro. Ficava-me mesmo, mesmo ‘fashion’.” Juro que tive vontade de lhe dar dois tiros na perna, enquanto lhe chamava meia dúzia de nomes feios, mas rapidamente pensei em coisas alegres (os Ozone morreram) e tirei essa ideia amalucada da cabeça.
Dan Brown vai lançar um livro chamado “O código Mateus” e a figura de maior destaque, tomando o papel de “Mona Lisa” do seu anterior livro, é o presidente Fiúza e o seu respectivo penteado atabalhoado, abordando também a maneira destravada como fala.
Cláudio Ramos disse de sua justiça, na “Tertúlia cor-de-rosa” que uma “fulana não-sei--das-quantas” (confesso que não estive atento ao nome da senhora, mas era seguramente do jet7) usou a mesma toillette nos do mesmo fim-de-semana.
Só digo isto: e andam os jornais a fazer “manchetes” do Mateus. Estejam atentos senhores jornalistas...
Penso que estou mais ou menos de parabéns pelo facto de falar do “caso Mateus” sem saber nada ou, quase nada, sobre o assunto. Na verdade sou dos que fala sobre, mas pouco sabem sobre o que realmente se passa.
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